Uma das doenças vasculares mais conhecidas que motiva o paciente a procurar um angiologista ou cirurgião vascular. É a formação de coágulos dentro do sistema venoso em qualquer parte do corpo (da cabeça aos pés).
É uma doença de grande importância clínica e forte impacto psicossocial e econômico. A migração dos coágulos para o pulmão caracteriza a embolia pulmonar que é considerada a complicação mais temida da trombose venosa profunda. É uma importante causa de morte hospitalar previnível!
Como suspeitar de uma trombose: edema (inchaço), dor ou descoloração da pele nas extremidades, aumento das veias superficiais, falta de ar, escarros com sangue, taquicardia e outros.
A identificação de fatores de risco para trombose constitui importante estratégia de prevenção, diagnóstico e orienta o tratamento. Alguns fatores de risco são: varizes, gravidez e puerpério (o pós-parto), idade avançada, câncer, imobilização, cirurgias ou traumas, uso de anticoncepcionais, trombose prévia, acidente vascular cerebral (derrame), doenças mieloproliferativas como leucemias e linfomas, policetemia, fatores genéticos como deficiênicia de proteína C, S, antitrombina III, fator V Leiden, desfibrogenemia, aumento de fator VIII e outros.
A doença pode ser diagnosticada clinicamente, mas a ultrassonografia doppler é o exame de escolha nos dias de hoje para avaliar porque é não invasivo, pode ser repetido quantas vezes for necessário, fácil acesso e capaz de precisar o local da trombose.
A doença ainda pode ser mascarada por outras condições clínicas como celulites e erisipelas, osteoartrose e artrites, edema por outras causas como lipedema, insuficiência cardíaca, compressão extrínseca, hipertrofia muscular, ruptura de cisto de Baker (no joelho) e até quadro crônico de obstrução venosa. Geralmente o tratamento é clínico (uso de medicações anticoagulantes) e alguns casos podem exigir cirurgia.